MUCURI - Desde as 22h de quarta-feira (26), os trabalhadores dos Correios de todo o Brasil decretaram greve por tempo indeterminado. Os cerca de 100 trabalhadores da empresa nos municípios de Eunápolis e de Porto seguro também aderiram a paralização.
Na tarde desta sexta-feira (27), o diretor do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos da Bahia (Sincotelba), Ivan José buscou a redação do RADAR 64 com o objetivo de esclarecer a comunidade sobre os motivos da paralização. “É importante que a comunidade saiba o porquê estamos fazendo essa manifestação”, destaca Ivan.
Segundo o sindicalista, na pauta de reivindicações da categoria está a luta contra o desmonte e contra a privatização dos Correios. “Com a privatização a tendência é que o serviço seja cada vez mais sucateado, prejudicando não só nos, trabalhadores, mas a comunidade também”, ressalta.
O movimento nacional é ainda contra o processo de demissões e de fechamento das agências; contra a falta de segurança nas agências; pelo retorno da entrega diária; pelo retorno das férias e pela abertura de livros contábeis da empresa.
O sindicalista destacou que, nesta sexta-feira (28), os trabalhadores nos Correios se juntam a outras categorias nas manifestações que estão previstas para acontecer em todo o Brasil contra as reformas trabalhista e previdenciária.
OUTRO LADO - Em nota divulgada na Agência Brasil, os Correios informaram que, caso o movimento grevista fosse deflagrado, adotariam as medidas necessárias para garantir a continuidade de todos os serviços. “Uma paralisação dos empregados neste momento delicado pelo qual passa a empresa é um ato de irresponsabilidade, uma vez que a direção está e sempre esteve aberta ao diálogo com as representações dos trabalhadores”, informou. Os Correios não se manifestaram sobre as reivindicações dos trabalhadores.