PORTO SEGURO - O Departamento de Polícia Técnica de Porto Seguro conta com uma equipe de peritos especializada em papiloscopia (ciência que trata de identificação humana). A ciência, considerada ponto de partida para a investigação criminal, permite, por exemplo, a identificação de corpos que já estão em avançado estado de decomposição.
Graças a uma das técnicas usadas na papiloscopia, foi possível fazer a identificação do corpo encontrado no último dia 18 de maio, em um plantio eucalipto às margens da BA-001, nas imediações da ladeira do Rio do Peixe, em Vale Verde.
Segundo informações do perito técnico Adriano Marinho, como o corpo já estava muito deteriorado, a identificação só foi possível utilizando a técnica por atintamento, onde é feita a dissecação e reidratação da pele.
No corpo em questão foi aplicada a técnica no polegar da mão direita da vítima. “Deixamos o polegar imerso numa solução de glicerina e soro durante 24 horas e, depois, a secagem e coleta por atintamento. Após a coleta da digital realizei o confronto com um documento de identificação de um desaparecido”, explicou Adriano, revelando que foi possível identificar que o corpo era de Valter Tibúrcio Alves, de 32 anos.
O perito explica ainda que existem várias técnicas utilizadas no processo de identificação de cadáveres. O método depende do estado de decomposição dos corpos. “Houve o caso de um corpo que quando encontrado já estava há alguns dias trancado e em temperatura ambiente. Nessa situação, geralmente, a pele já se solta com facilidade, sendo necessária a utilização de outra técnica”, destacou Adriano.
Conforme o perito técnico, a papiloscopia, além de ser a ciência que trata da identificação humana mais utilizada no mundo, é mais barata e mais rápida que exames de DNA. “Com ela garantimos uma resposta mais acelerada nas identificações e menos encargos para o estado”, concluiu o perito.