Governo federal antecipa vacinação da gripe devido ao coronavírus

Início da campanha está previsto para o dia 23 de março

G1
Publicado em 28/02/2020 às 08h38
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil 
Vacinação da gripe será antecipada no Brasil

BRASIL - O governo federal anunciou na quinta-feira (27) que vai antecipar para 23 de março a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe – anteriormente, a abertura estava prevista para a segunda quinzena de abril. A decisão foi divulgada em entrevista coletiva em São Paulo um dia após a confirmação do primeiro caso do novo coronavírus no Brasil.

De acordo com o Ministério da Saúde, a antecipação tem dois objetivos:

* facilitar e acelerar o diagnóstico da síndrome respiratória Covid-19, causada pelo novo coronavírus (2019 n-CoV);

*evitar que o sistema de saúde fique sobrecarregado.
 

Foto: Arte/G1 
Vacina da gripe não protege contra coronavírus; veja os sintomas

A vacina contra a gripe não protege contra o novo coronavírus, mas, sim, contra tipos de influenza (família à qual pertence o H1N1, por exemplo). E justamente por isso pode ajudar profissionais de saúde a diagnosticar – por eliminação – eventuais casos de Covid-19.

Isso porque essas doenças contempladas pela vacina serão descartadas na triagem de pacientes que chegarem às unidades de saúde com sintomas gripais e informarem já ter sido imunizados.

O segundo aspecto diz respeito ao fato de que o número de pessoas com síndromes gripais seria muito maior se não fosse promovida a campanha de vacinação. Haveria, portanto, muito mais gente ocupando o sistema de saúde.

"Por que fazer a campanha? Por que recomendar a vacina? Se essa vacina me dá cobertura, ela deixa protegido contra essas cepas de influenza o sistema imunológico de 80% daqueles que tomam. [São] Essas cepas virais que estão circulando e que são milhares de vezes mais comuns que o coronavírus", explicou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na entrevista coletiva em São Paulo.

Na Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, devem ser primeiro imunizadas gestantes, crianças com até seis anos, mulheres até 45 dias após o parto e idosos, historicamente mais vulneráveis à doença, que pode causar a morte.
 

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