EUNÁPOLIS - O Tribunal de Justiça da Bahia suspendeu, terça-feira (17), a greve dos profissionais da educação do município de Eunápolis.
A decisão liminar (provisória e urgente) veio do desembargador Maurício Kertzman, que deferiu em favor da Ação Declaratória de Ilegalidade de Greve movida pela Prefeitura de Eunápolis em desfavor do sindicato APLB.
Segundo a decisão, fica suspensa a greve dos professores de Eunápolis sob pena de multa diária de R$ 10 mi.
Em reunião com APLB na última quarta-feira (11), o prefeito Robério Oliveira apresentou a situação das finanças da educação e a impossibilidade de conceder o reajuste de 12,84% solicitado pela classe.
O município ofereceu um reajuste de 4,31%, o que aumentaria o piso salarial de Eunápolis para R$ 3.512,72. Isso, segundo o prefeito Robério, mantinha o piso salarial maior que o nacional, que atualmente é de R$ 2.886,24.
OUTRO LADO - A presidente do sindicato da categoria, Jovita Lima, informou ao RADAR 64 que a entidade já havia optado por suspender a paralisação na terça-feira, devido ao avanço do coronavírus na região. “A categoria não ia poder se reunir para discutir os assuntos de nossa pauta por conta desse surto”, disse Jovita.
Segundo ela, a APLB protocolou o cancelamento da greve na Secretaria Municipal de Administração, antes mesmo da publicação da decisão liminar.
Jovita defendeu ainda a legalidade da grave, uma vez que, conforme ela, a categoria está reivindicando direitos legítimos. A líder sindical falou ainda que vai recorrer da decisão junto ao próprio tribunal.