SANTA CRUZ CABRÁLIA - No ano de 1500, um português embarcou numa caravela para descobrir novos mundos. Depois de alguns dias de viagem, chegou a um lugar que tempos depois se chamaria Brasil. Não à toa, desembarcou numa terra chamada Bahia, um dos estados mais diversos em cultura, gente e conhecimento. O Brasil começou a ser descoberto pelo litoral sul baiano, onde estão os municípios da Costa do Descobrimento, como Belmonte, Porto Seguro, Eunápolis e Santa Cruz Cabrália.
Um pouco mais de 517 anos depois da chegada dos portugueses ao Brasil, a inovação tecnológica aliada à educação chega à Bahia por esse mesmo lugar. A partir da primeira semana de maio, os mais de seis mil estudantes de Santa Cruz Cabrália, vão conhecer um projeto inovador. A empresa pernambucana Dulino, em parceria com a Prefeitura de Santa Cruz Cabrália, vão levar a robótica para as salas de aula. Inicialmente, a proposta vai atender alunos de três unidades públicas de ensino do município: a Escola Professora Nair Sambrano, no bairro do Campinho; Escola Viturino da Purificação, em Cora Vermelha e Escola Araci Alves Pinto, no Bairro de Santo Antônio.
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A Prefeitura de Santa Cruz Cabrália investiu R$ 200 mil. De acordo com a Secretária de Educação da cidade, Ana Paula Guerrieri, o projeto é piloto. Depois de uma fase de testes e diante dos resultados colhidos pela equipe da secretaria, a ideia é expandir a robótica para mais salas de aula. Atualmente, Cabrália tem 29 escolas municipais. “É algo inovador para a juventude da nossa cidade. A robótica nas escolas vai abrir um leque de possibilidades para esses estudantes que deixam o ensino fundamental e partem para o ensino médio, se preparando para a universidade”, explica Ana Paula.
A empresa Dulino já está presente com o projeto em várias escolas de Pernambuco desde 2013, em cidades como Igarassu e Itapissuma, no litoral norte. Diante das experiências, os diretores e professores das unidades de ensino têm percebido mudanças significativas no rendimento escolar e comportamento dos alunos.
Os alunos começam aprender a montar os robôs com peças do brinquedo LEGO, o que facilita o aprendizado. Em três dias, as turmas já começam a montar os primeiros robóticos. Com a robótica, os estudantes também aprendem matemática, ciências, geografia, interpretação e outras disciplinas que estão no currículo escolar e nos parâmetros do Ministério da Educação. Em uma atividade sobre Mobilidade Urbana, por exemplo, podemos abordar construção, a partir de representação no plano (Matemática), interpretar dados geográficos e da natureza (Geografia e Ciência), comunicar oralmente e verbalmente (Língua Portuguesa) e prototipar e programar (Tecnologia). A primeira etapa do projeto na cidade deve durar nove meses.